terça-feira, 2 de dezembro de 2014

artistas re_unidos 17 de Dezembro, 20hs






Fim de ano na galeria la mínima

Re-união de artistas que já expuseram maqui!

Com percusom para graffiti

Dia 17 de dezembro
20hs

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

InterferEnte Jaime Scatena em lamínima, galeria


Interferir tal vez seja o mais humano dos verbos já que a arte (o artista) trata exatamente disso: desenho ou pintura sobre papel ou tela; ponta seca sobre metal brunhido, pressão dos dedos sobre barro, goivas marteladas sobre pedras e madeiras nobres (para ficar apenas no campo clássico das artes plásticas); na procura de expressar algo que um padrão estético classifica como obra de arte.

Frutos desta interferência em materiais artísticos, acondicionados em molduras ou suportes cuidadosamente iluminados povoam museus e galerias, feiras e mercados onde certos maníacos que colecionam esses objetos dão fabulosos lances a fim de leva-los para casa e ter, assim, o privilégio de observá-los a sós (outra inexplicável mania) com orgulho e uma certa melancolia.

A arte moderna primeiro e a pop art depois vieram quebrar esses tabus e dar fim ao fetiche tratando temas cotidianos com despojamento e equilíbrio e reproduzindo, em tiragens gráficas (lito, xilo, silk e até tipografia) aquelas obras criadas, muitas vezes, sob o efeito perturbador da realidade, querendo modifica-la ou glorificando-a, sem muito sucesso no mais das vezes. A propaganda tem se mostrado mais eficaz vendendo eletrodomésticos do que ideais revolucionários. O artista possuído por essa missão resolve interferir nela (não tem mais remédio, está condenado a isso) e, sem saber como (um tanto surpreso) descobre o resultado daquela ação, depois de pronta ou seja quando esgota seu impulso interferente.




Este é o terreno onde circula a arte de Jaime K. Scatena 1, interferências (nos moldes do ready-made) em mídias apropriadas da indústria (cartões postais, mapas, azulejos) veiculadas no cyber espaço e apresentadas agora fisicamente, em matérias concretas como papel e cerâmica, prontas para serem apropriadas num leilão do mercado da arte e levadas para casa ou integrarem a coleção de um museu ou, como agora, a exposição em uma mínima galeria.


Os azulejos participam como suportes de arte nas vitrines de la mínima (uma seleção de 14 peças impressas por sublimação) e como reminiscências da infância nos cacos quebrados do piso da casa da vó (base dos mosaicos feitos à mão com os quais Jaime interfere em cartões postais e mapas).

A palavra, esse outro fetiche caro aos literatos, aparece nos textos ao verso dos cartões em mensagens que devem ser, entendo eu, dirigidas a quem as lê naquele momento ou seja, a todos e a ninguém.

Passem senhores e vejam (e leiam).


Jaime K. Scatena (São Paulo, 1977) é artista, mas também é engenheiro, jornalista e fotógrafo. Estudou fotografia no International Center of Photography (NY, 2013) e na Central Saint Martins, (Londres/2010) e História da Arte (São Paulo/2011 e Florença/2009). Seu trabalho, principalmente baseado em fotografia, explora sua personalidade que é exposta nas suas diferentes séries de auto-retratos, mas também explora o mundo, mostrando-o a partir de um ponto de vista único. Seu trabalho mais recente faz uso de códigos QR para distribuir sua arte multimídia. Jaime já participou de exposições coletivas (PopPorn 2013, Mostra São Paulo de Fotografia
2012) e individuais (São Paulo 2012, Atibaia 2011, Campinas 2006).


Serviço:

Interferente. Exposição de Jaime K. Scatena

La mínima galeria

De 28 out a 16 nov./2014

Av pedroso de morais 822

Tel. 11 3578 0003

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Arte em comum comentário de Miguel Paladino


Tal vez esteja no título de um (belo) desenho de Julia, presente na coleção, a metáfora que mais se aproxima desta mostra: cantar de dor.

O curador, Rubens Matuck, montou esta coleção de trabalhos artísticos para mostrar (penso eu) que, assim como o uirapuru, certos artistas transformam a dor em canto, a dificuldade em ferramenta, a limitação em linguagem e conseguem expressar plasticamente essa ladeira acima em que vivem, fruto de variados acidentes no percurso de uma vida que, conforme testimonio dos trabalhos aqui expostos, soube sobrepor o incomum e brilhar com luz própria, com uma luz que domina as trevas, com gestos que controlam os materiais artísticos assim como o famoso passarinho da Amazônia controla seu canto perturbado pela adversidade da dor.

A comparação pode ser viciada pela pieguice mas, como haveríamos de entender esta produção artística cujo elo comum é, justamente, ser incomum?

Em princípio todo artista (verdadeiro) é incomum e isto posto não haveria por que ressaltar essa característica ou classificar esta coleção com esse epíteto. Prefiro dizer: artistas (à margem do mercado); livres (no sentido literal do termo), autênticos (pela experiência de vida) e, portanto, verdadeiros (ou seja, incomuns).



Coleção de arte incomum / Curadoria Rubens Matuck

Obras de Julia Paladino; Francisco de Almeida;

Eduardo Villares e Osmar Santos





De 14 a 26 de outubro, 2014

Lamínima galeria / av pedroso de morais 822

Agendamento de visitas pelo telefone 3578 0003

domingo, 31 de agosto de 2014

Retratofalado






A série de retratos que aqui vemos traz uma carga literária que o autor se encarrega de ressaltar na apresentação, nas suas indagações e no corolário de sua dúvida. A inserção de elementos gráficos sobre um mesmo fundo (herdada da arte pop) age aqui como leit-motiv do conjunto e remete, obviamente, àquelas montagens que celebrizaram Andy Warhol como retratista de celebridades. Neste caso, Michelo parece ir no caminho inverso e faz de um modelo anônimo a base de um exercício que pode ser inesgotável (tentativas de inscrever um retrato, falado através de signos, caligrafias e ícones) e a perturbadora sensação de que o intento falhou, de que será necessário ampliar o repertório gráfico outro tanto e que, mesmo assim, nunca conseguirá nos dizer quem é a pessoa retratada ou, como prefere ele *, quem somos nós, refletidos no espelho da obra que estamos observando.
  




paladino dixit in julio 2014

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

"Retratos imaginários" encerra essa semana!





As técnicas são variadas (mas não muito); os rostos
são familiares (mas nem tanto); a casa se mistura
(bastante) com o atelier ou com o que resulta dele;
os nomes das figuras “retratadas” evocam terras
longínquas, culturas diversas. Estamos diante de
uma galeria de personagens que parece ter surgido
de experiências nômades, além mar, em paragens
exóticas. A maneira de pintar é displicente,
gestual, como se o artista tivesse internalizado um
repertório de elementos que compõem os rostos,
elementos com uma carga expressiva que, em
certos casos, é dada por uma imagem fotográfica,
retalhos de outros rostos com que são
compostos estes novos seres mais que humanos,
identi-kits que nascem de uma inquietação
 pictórica antes que de uma representação fiel a
um modelo ou realidade qualquer. Afinal, o que é
um rosto se não uma combinação misteriosamente
aleatória daqueles conhecidos elementos que
circundam os sete buracos que todos temos na
cabeça? (aqueles que caetano veloso cantou um
dia em que a presença daquela mulher inundava o
ambiente e tomava conta de tudo).


Paladino, julho _2014

segunda-feira, 21 de julho de 2014

abertura da exposição Retratos Imaginários e Outros Retratos

la mínima galeria convida para a abertura da exposição 

retratos imaginários e outros retratos

pinturas de Christiano Whitaker e Michelo Guzzo

Quinta-feira, 24 de Julho 

a partir das 20hs


terça-feira, 15 de julho de 2014

Yãkwa - a festa dos espíritos (Próximo Domingo 20/07 as 17hs)

Festa ritual dos índios Enawene Nawe em homenagem aos espíritos subterrâneos - donos dos recursos naturais e da doença.

O fotógrafo Juvenal Pereira apresenta a palestra com a qual participa da próxima reunião geral da SBPC.

slide show e relato de experiências



Juvenal Pereira

Fotógrafo, cientista político e antropólogo, coordena a mostra de repórteres fotográficos brasileiros na ONU. Já atuou nas revistas O Cruzeiro, Veja e IstoÉ e nos jornais Correio Braziliense e Jornal de Brasília. É sócio-fundador da União de Fotógrafos de Brasília. Desenvolve o evento "100 anos da Expedição Rio da Dúvida 1913~2014" para o Projeto Roosevelt Rondon, com apoio da revista National Geographic Brasil

terça-feira, 29 de abril de 2014

Sarau: Somos todos Minotauros



Pedro Vicente convida para o Sarau: Somos todos minotauros 

Segunda 12 de Maio, 20hs
lamínima





Al laberinto de creta entraremos ese dia a los corredores de la mínima. el primeiro nos depara , como en un juego de espejos o un espejismo las pinturas de pedro vicente enfrentadas a una distancia que es tan poca como los colores que usa lo que provoca una sensación de vértigo o vazio propicias a perder el rumbo que es lo usual en un laberinto. el segundo de los corredores (por que estare escribiendo en español me pregunto a esta altura mas continuo e começo a incluir alguns termos em portunhol como para significar que estes corredores labirínticos ficam no brasil, na pedroso de morais oito dois dois mais precisamente em sanpablo) e dizia que o segundo corredor que atravessamos é ladeado por um conjunto de exuberante e variado verde fruto das plantas que a dona vera do espaço dona cultiva enfrentado aos arabescos de tons berrantes como de fileteros porteños com os quais pedro vicente ocupa as cinco telas em Uma das treze moedas com que Borges nos brinda em “o ouro dos tigres”: Astérion O ano me tributa meu pasto de homens E na cisterna há água. Em mim se estreitam os caminhos de pedra. De que posso queixar-me? nos entardeceres Pesa-me um pouco a cabeça de touro. Labirinto Não haverá nunca uma porta. Estás dentro E o alcácer abarca o universo E não tem nem anverso nem reverso Nem externo muro nem secreto centro. Não esperes que o rigor de teu caminho Que teimosamente se bifurca em outro, Que obstinadamente se bifurca em outro, Tenha fim. É de ferro teu destino Como teu juiz. Não aguardes a investida Do touro que é um homem e cuja estranha Forma plural dá horror à maranha De interminável pedra entretecida. Não existe. Nada esperes. Nem sequer No negro crepúsculo a fera. - O labirinto Este é o labirinto de Creta. Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro. Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro, que Dante imaginou como um touro com cabeça de homem e em cuja rede de pedra se perderam tantas gerações como Maria Kodama e eu nos perdemos.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

sexta-feira, 21 de março de 2014

quinta-feira, 20 de março de 2014

domingo, 16 de março de 2014

Entremar - Finissage com Teresa Grancha 22 de Março



22 MAR a partir das 17hs
 Encerramento da exposição individual da artista Teresa Grancha com curadoria de Beatriz Matuck.

Estarão expostos um conjunto de desenhos e pinturas recentes, que concretizam,no espaço da representação, uma visão poética dos rastos deixados nas areias do Índico pelos
Sand Bubbler Crabs.



quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Entremar


Foi através de correspondências e trocas de mensagens que eu conheci O trabalho da Teresa. O meu desejo de viajar a Portugal e a vontade dela expor aqui no Brasil, fez com que conseguíssemos reunir nossos
entusiasmos num encontro de coincidências.Pela segunda vez a artista, nascida em Lisboa, expõe no país e apresenta uma série de desenhos e pinturas, que partem de registros e uma viagem as praias do oceano índico, há dez anos atrás. A sequência de imagens remete ao próprio ritmo de quem está de viagem, na descoberta e na procura, pelo descobrir. O registro de quem está de passagem, com o olhar atento mas deixando se atravessar pelos estímulos. A artista parte do encanto pela geometria dos vestígios deixados na areia da praia por uma espécie de caranguejo que, no ato de sua escavação, joga para fora pequenas bolinhas de areia, que se espalham ao redor, formando um desenho circular na areia. Cada escavação forma um desenho diferente, gerando uma série de marcas na extensão da faixa de areia entre a praia e o mar.
A leveza e a sensibilidade do seu olhar desponta na maioria dos desenhos e aquarelas. O manejo da água nas aquarelas da Teresa insinua o ritmo de ir e vir das marés que aos poucos leva as marcas da areia.As camadas de tinta sobrepostas lembram o brilho da água sobre a areia, ofuscado pelos grãos de sal que a água do mar carrega. Uma camada opaca e transparente, que apaga as marcas da areia. Teresa registra esse movimento e o faz perene, revelando o brilho do entremar em Aquarela sobre papel e Água sobre areia.

por Beatriz Matuck (curadora)











sábado, 15 de fevereiro de 2014

Entremar

A curiosidade de alguém que está de passagem e a atenção pura, voltada às marcas deixadas nos 
grãos de areia do entremar

A Galeria recebe a artista portuguesa Teresa Grancha Veloso em sua segunda exposição no Brasil. Ela apresenta uma série de desenhos e pinturas que partem de registros de uma viagem às praias do oceano índico, há dez anos.

Abertura: 22 de Fevereiro
a partir das 18hs




quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Próxima exposição: Entremar

Teresa Grancha expõe serie sobre praias. Veja a matéria na revista digital Brasileiros

Serviço:

Período de exposição: de 22 de Fevereiro a 22 de Março de 2014
Horário: a partir das 18h visitas agendadas (11) 3578 0003 ou laminimagaleria@gmail.com
Gratuita? sim